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domingo, 22 de abril de 2012

Cardápio do bebê



Aos 6 meses, é hora de apresentar ao pequeno os primeiros alimentos sólidos. Pedimos ajuda a um especialista para explicar como deve ser feita essa transição




Você leu tudo o que encontrou por aí sobre bebês, ouviu os conselhos das amigas e os palpites dos familiares - todo mundo guarda uma dica especial para presentear as mães de primeira viagem. No entanto, em vez de ajudar, tanta informação acabou gerando ainda mais dúvidas. A alimentação da criança, por exemplo, é uma delas. Sabe-se que por volta dos 6 meses é chegada a hora de o pequeno provar os primeiros alimentos sólidos - sem deixar de lado as mamadas, claro. A verdade é que ninguém explica direito como fazer, por onde começar e o que evitar. Pedimos uma mãozinha ao pediatra e nutrólogo Fábio Ancona Lopez, da Universidade Federal de São Paulo, para detalhar o que deve ser feito na hora de oferecer ao filho a alimentação complementar ao aleitamento. Confira abaixo o passo-a-passo:






1. Comece pelas frutas


A primeira novidade no menu do pequeno são os sucos naturais de frutas. Dê preferência às cítricas, como laranja, limão e acerola, que são ricas em vitamina C. Fábio Ancona Lopez dá a dica: "A laranja-lima costuma ter mais aceitação". Vale também misturar frutas e bater o suco com cenoura ou tomate, por exemplo. Segundo o especialista, os líquidos devem ser oferecidos entre as mamadas da manhã. Se o bebê mama às 8h e às 11h, o suco entra lá pelas 9h. A bebida pode ser servida em uma colher, um copinho ou, em último caso, uma mamadeira. A quantidade é bem pequena - cerca de 20 ou 30 mililitros - e varia de pequeno para pequeno.






Atenção: não se preocupe se o bebê fizer cara feia ou recusar o líquido. Muitas vezes, a criança só vai aceitar o novo alimento depois da décima tentativa de apresentação. Assim, se ela não beber o suco hoje, tente novamente no dia seguinte.






2. A vez da papinha doce


Cerca de 10 a 15 dias depois de incluir o suco na vida do seu filho, já é hora de acrescentar um lanche no cardápio dele, antes da mamada da tarde. Aí, não tem segredo. Banana amassada, maçã raspada, mamão... "O ideal é apresentar um alimento de cada vez e, só depois, misturá-los", orienta o nutrólogo. "Dessa maneira, ele aprende a diferenciar os sabores."






Aviso: procure respeitar a vontade e o apetite do pequeno. Não insista mais de três vezes se ele virar o rosto e deixe que ele interaja com os alimentos. Lambuzar a roupa e tudo o que estiver em volta faz parte desse período de iniciação à vida de gourmet. "Comida não é remédio. Não tem dose nem hora exatas", lembra Fábio Ancona Lopez.






3. O primeiro almoço


Um mês de papinhas doces e a criança está apta a degustar sabores salgados. Aqui vai uma receita básica e nutritiva de almoço, que pode entrar na rotina do bebê por volta do meio-dia:






- Refogue 50 ou 100 gramas de carne, frango ou fígado em óleo vegetal;


- Coloque temperos leves, como cebola, cebolinha, salsinha e uma pitada de sal;


- Acrescente água e dois ou três tipos de vegetais. O ideal é misturar uma folha, uma raiz e um legume. Exemplo: agrião, mandioquinha e cenoura;


- Cozinhe até ficar quase seco;


- Amasse com o garfo e ofereça à criança. Não bata no liquidificador, para que os alimentos não percam as fibras. Se os pedaços de carne ficarem muito grandes, você pode batê-los sozinhos e depois colocar de volta no prato;


- Dê uma fruta como sobremesa.






Lembrete: logo após o almoço, evite oferecer leite. Nessa hora, ele prejudica a absorção do ferro de alimentos como a carne.






4. Hora do jantar


Espere entre duas e quatro semanas para preparar o primeiro jantar do bebê. Ele será praticamente igual ao almoço, mas agora a criança pode também comer grãos como arroz, feijão e lentilha. Ao fim de todo esse percurso, seu filho deverá mamar três vezes ao dia (de manhã, à tarde e à noite), além de fazer as refeições elencadas acima. "Se a criança toma fórmulas especiais em vez do leite materno, o esquema pode ser antecipado. Não é preciso esperar até o sexto mês", afirma Fábio Ancona Lopez.






Economize tempo: cozinhe cerca de quatro porções de uma só vez. É só congelar e você terá comida para a semana inteira. Para armazenar, não se esqueça de ferver o recipiente - inclusive a tampa e a colher que será usada. Coloque o alimento até a boca do pote, para que não entre ar. Use uma bacia de gelo para resfriar e depois congele.

Professoras

Professora Tatiana



Professora Ketlin

"Quanto menor for a criança, maior é a responsabilidade do adulto de lhe proporcionar experiências posturais e motoras variadas. Para isso ele deve modificar as posições das crianças quando sentadas ou deitadas; observar os bebês para descobrir em que posições ficam mais ou menos confortáveis; tocar, acalentar e massagear frequentemente os bebês para que eles possam perceber partes do corpo que não alcançam sozinhos.
O professor pode organizar o ambiente com materiais que propiciem a descoberta e exploração do movimento. Materiais que rolem pelo chão, como cilindros e bolas de diversos tamanhos, sugerem às crianças que se arrastem, engatinhem ou caminhem atrás deles ou ainda que rolem sobre eles. As bolas podem ser chutadas, lançadas, quicadas, etc. Túneis de pano sugerem as crianças que se abaixem e utilizem a força dos músculos dos braços e das pernas para percorrer seu interior. Móbiles e outros penduricalhos sugerem que as crianças exercitem a posição ereta, nas tentativas de erguer–se para tocá-los. Almofadas organizadas num ambiente com livros ou gibis e brinquedos convidam as crianças a sentarem ou deitarem, concentradas nas suas atividades".
Desde muito cedo, os bebês emitem sons, barulhinhos que lhes dão prazer e nestes sons, eles percebem que chamam a atenção, comunicando-se com os adultos. Esta comunicação dá início a construção da linguagem oral.
Nesse processo, as crianças se apropriam dessa linguagem utilizando-a para iniciar e aumentar seu repertório de palavras.
Além da linguagem falada, as crianças se utilizam da linguagem corporal que dão significado aos atos, sentimentos, sensações e desejos. Assim, ela chora ao estar com a fralda molhada, quando sente dor, quando percebe que está sozinha, quando sente fome, frio, calor, etc.
Aprender a falar, dessa forma, não é apenas memorizar sons e palavras, é participar, interagir de variadas situações de comunicação oral em que se expressa desejos, necessidades, sentimentos, etc.
Assim, refletir sobre estas questões é reconhecer que fazemos parte do início do processo de desenvolvimento educacional da criança.
Nesse sentido, somos constantemente observados por ela, por isso, devemos sempre estar atentos, ter o cuidado com a qualidade de nossas interações comunicativas com as crianças, pois estas nos imitam o tempo todo.
Ao trabalhar com crianças de berçário, o ato de planejar deve ser cuidadoso, pois nesta fase, a intervenção do professor como já dito, ocorre a todo momento, e em situações diversas. Assim, músicas, histórias, brincadeiras, etc, são comunicações execenciais que irão auxiliar na construção gradativa de um repertório vasto da linguagem que se vai usar em situações que irá envolver no futuro a leitura e a escrita.